Durante toda vida, o indivíduo passa por um processo continuo de aprendizagem da língua. O aspecto escrito da língua é preciso ser aprendido a partir da modalidade oral. A alfabetização é um processo que requer uma homogeneização da língua, embora saibamos que a língua não é, nem pode ser homogênea.
A parte sonora da língua exerce uma função muito importante no processo de alfabetização, uma vez que os educadores fazem uso da transcrição desses sons para ensinarem os alunos a escrever, mas nem sempre as letras possuem um só som.
O problema básico é conseguir com que o alfabetizado reconheça e tenha o domínio do sistema ortográfico, de tal modo que ele seja capaz de identificar os símbolos gráficos para fazer a leitura e também seja capaz de representar os segmentos sonoros através de elementos gráficos na escrita.
Alfabetizar não é apenas ensinar o código escrito, a mecânica da escrita. O funcionamento e a estrutura da língua são duas metas simultâneas que se pretende atingir durante esse processo. Se, por um lado, o linguista pode ser útil para um melhor encaminhamento de processo de alfabetização, por outro essa tentativa de estabelecer as relação letra/fonema/som pode ser muito importante para que o pesquisador avalie sua análise fonológica e o alcance pretendido por esse método.
Portanto, o aprendiz nativo não está, pois, confundindo sons ou ouvindo mal, está, sim, reproduzindo na escrita uma representação fonológica que tem internalizado, com suas intenções em sua mente.
Comentário Crítico: Tratar o processo de alfabetização como uma coisa independente da interação e, muitas vezes, impertinente, pois reconhecer os fonemas das letras como único e insuficiente e foge da realidade da modalidade oral.
É necessário, pois, conhecer a convenção ortográfica que regula a relação som/letra na escrita da nossa língua, uma vez que os estudos grafemáticos vieram mostrar que os sistemas fonológicos e grafêmicos são autônomos e quanto mais o sistema gráfico se desenvolve mais eles se afastam.
O problema dos alunos de hoje em dia, pos-alfabetizados, é que muitas vezes eles tentam reproduzir na escrita os fonemas usados na língua oral e não reconhecem que muitas vezes as letras assumem sons que não são “exclusivamente” dela.
Olá!
ResponderExcluirDesta vez postamos o resumo e o comentário crítico juntos.
Espero que tenha ficado melhor.
Beijiiinhos.